A Dúvida

Porque sem certezas explica muita coisa da intrincada natureza humana.

Até agora, o filme que mais gostei da colheita do ano passado (também nisto estou atrasada). O segundo foi O Leitor, mas ainda faltam muitos :)

Paul Newman

1925 - 2008

RIP

Barry Louis Polisar - All I Want is You

Juno é um dos filmes da minha vida, que com muita pena não vi no grande ecrã.

Ellen Page é uma actriz admirável e, o seu "capuchinho vermelho" que já usava em Hardy Candy, ameaça tornar-se uma imagem de marca com que me identifico (quem me conhece sabe porquê). :)

A banda sonora é deliciosa...

Grande revivalismo o de hoje!

Million Dollar Baby - Clint Eastwood

"Fighting battles beyond endurance..."

"The magic of making everything for a dream that nobody sees but you."

Forget the fact that I'm a girl! Just train me! I'm your fighter!

Um dos filmes da minha vida.

Blood Diamond de Edward Zwick

Tenho pena de não ter visto este filme no grande ecrã, e de apenas o ter visto hoje em DVD.

O que tem valor neste mundo louco em que vivemos?

Por outro lado, só o ter visto hoje fez-me valorizar e admirar ainda mais este trabalho, realizado muito antes do filme.

Um dos filmes da minha vida.

Alpha Dog de Nick Cassavettes

Fui ver este filme no outro dia e ainda estou a pensar se gostei ou não. Quando saí disse Eh! o que significa que não me aqueceu nem arrefeceu.

A história é baseada em factos verídicos e até podia ter dado um bom filme, mas falta ali acção, emoção e entrega por parte dos actores, in my humble opinion.

E não, o Alpha Dog na minha opinião não é o Johnny. Esse gostaria muito de o ser, mas fica-se pelo gostaria.

Não é um dos filmes da minha vida decididamente.

Death Proof de Quentin Tarantino

Elenco de luxo, ode à amizade feminina, às small town hot babes, à adrenalina da estrada e à vingança.
Gargalhadas provocadas por uma violência extrema e insana que habita em todos nós. Tarantino excedeu-se a si próprio e, com apenas 4 filmes realizados é um icone do cinema.

Há muito tempo que não ia ao cinema e ouvia palmas no final do filme. Um dos filmes da minha vida.

Nuovo Cinema Paradiso - Giuseppe Tornatore

O filme é todo ele um poema.

A última cena é uma das minhas preferidas. A oferta póstuma de Alfredo a Salvatore é liberdade, visão e carinho.

"Para fazer um filme, apenas é necessário uma rapariga e uma arma"

Jean-Luc Godard

FUR: An Imaginary Portrait of Diane Arbus

Não é um dos filmes da minha vida, mas sem dúvida revelou-me muita coisa sobre os temas que gosto de fotografar por minha conta e risco. Só por isso agradeço ao realizador.

Neste filme também se pode constatar a modinha que assola Hollywood. Alguns actores e actrizes com receio que lhes dêem papéis adequados à sua idade, enchem-se de botox para a disfarçarem. Nicole Kidman continua uma mulher lindíssima, mas pode rir ou chorar que a expressão da sua cara é sempre a mesma, graças ao botox. Diane Arbus merecia uma interpretação melhor.

Mais casos de botox, em que os interpretes perdem a sua expressividade, e na minha opinião a sua imagem de marca são (que eu tenha reparado porque deve haver muitos mais): Nicholas Cage, Mickey Rourke (irreconhecível), Cindy Crawford, Cher, Sylvester Stallone, Elizabeth Taylor, Madonna, George Clooney (e ficavam-lhe tão bem aquelas rugas charmosas).

Quem perde é o cinema e os espectadores que assistem à invasão dos caras plásticas.

Memento - Christopher Nolan

A construção de todo o filme é uma vertigem. A conclusão continua uma incógnita e, por muitas vezes que se veja, há sempre algo novo que leva a novas teorias.

Um dos da minha vida, sem dúvida.

O Bom Pastor

Um filme sobre a história da CIA vista através da vida de um homem.

Matt Damon apenas sorri uma vez no filme, aguentando-se cerca de 3 horas como um homem de ferro sem sentimentos. O seu único segredo é destruído por ele mesmo. O trabalho ensinou-o a não confiar nem na própria sombra. Angelina Jolie consegue ter um bom desempenho (os directores - neste caso Robert De Niro - são tão importantes!). Esta rapariga ainda há-de ser boa actriz um dia, mas continuo a achar que tem silicone a mais para se tornar de carne e osso. Tammy Blanchard tem um bom desempenho, mas é apagada da história principal, o que é pena, porque aquela personagem tinha potencial. Eddie Redmayne conquista com os seus olhos de água, mas coube-lhe um papel pequeno demais para o seu talento. Algumas boas frases, guião bem escrito, bom guarda-roupa e recriação histórica...mas um filme demasiado longo.

Resumindo: um hino aos valores de um homem, que não se movem nem um centímetro mesmo quando quem mais ama está em perigo e, que se confundem vezes demais (para o meu gosto) com os patrióticos valores americanos "politicamente correctos".

Não é um dos filmes da minha vida.

2046 - Wong Kar Wai

A tormenta da escrita, as gueixas andróides, o futuro, o néon no telhado, as folhas amarrotadas, os encontros, o quarto, os lençois em desalinho, os ambientes sombrios, a carne, a omnipresente sedução, os olhos das orientais, a tensão, os cigarros que brilham no escuro, as cores, a viagem de comboio, a busca, os corredores, cabelos em desalinho, voyeurismo...

Será que tudo o que Wong Kar Wai cria é perfeito?

Rebel Without a Cause - Nicolas Ray

James Dean, blusão vermelho, corridas de carros, luta, sobrevivência, juventude inquieta, revolta, rumo, rebeldia, descoberta, anos 50, América profunda, choque geracional, James Dean...

Ainda não foi este ano que tive companhia durante a maratona dos óscares, que tento sempre ver religiosamente.

Quem sabe para o ano...

Le Grand Bleu - Luc Besson

O mar, o azul, os golfinhos, as moreias, a Grécia branca, a vertigem azul, coração selvagem, Jean Reno, o brilho que cega, vida simples, o mar sempre o mar, Jean-Marc Barr, a falésia...

Babel

ou
fazemos todos parte do mesmo emaranhado
ou
cada acção gera uma reacção longe ou perto
ou
como somente damos valor ao que perdemos
ou
como as melhores pessoas se podem perder por estúpidos pequenos nadas
ou
a solidão no meio da multidão ou do deserto
ou
não acredito em coincidências...

Desculpem qualquer coisinha, mas para mim 007 só estes dois.

Colocarem agentes de leste infiltrados no papel do agente secreto mais moreno do planeta, não está com nada.

Hoje ouvi Nat King Cole e lembrei-me logo deste filme.

Que fotografia e luz!